Pedras preciosas e semipreciosas: por que essa classificação caiu em desuso?

Você já ouviu falar em pedras preciosas e semipreciosas, mas sabia que essa classificação já não é mais usada pelos profissionais da área de gemologia? 

Se você ama joias e quer entender melhor sobre o universo das gemas naturais, este artigo vai esclarecer por que o termo “pedra” é inadequado e como se dá, de fato, a classificação das gemas.


Por que não se fala mais em pedras preciosas e semipreciosas?

Durante muitos anos, as gemas eram popularmente divididas em dois grandes grupos: preciosas (como diamante, rubi, esmeralda e safira) e semipreciosas (todas as demais). Essa divisão, no entanto, não tem base científica e reforça uma hierarquia que desvaloriza injustamente gemas belíssimas e valiosas.

Hoje, a classificação “semipreciosa” é considerada obsoleta e até mesmo inadequada, pois sugere que essas gemas têm menos valor — o que nem sempre é verdade, como é o caso da turmalina paraíba, por exemplo. Existem gemas antes chamadas de "semipreciosas" que podem ser mais raras e caras do que algumas ditas "preciosas".

A gemologia moderna (ciência que estuda as gemas) classifica as gemas com base em características como:

  • Dureza e resistência

  • Transparência

  • Brilho

  • Raridade

  • Composição química

  • Qualidade do corte

Ou seja, a valorização de uma gema depende de vários fatores técnicos e estéticos, e não mais de uma classificação simplista.

Por que o termo “pedra” não é o mais adequado?

Outro ponto importante é o uso da palavra “pedra” para se referir a gemas. Embora muito comum, o termo é tecnicamente incorreto. 

Isso porque nem toda gema é uma pedra no sentido geológico — uma "pedra" é uma rocha,ou seja, um aglomerado natural de minerais ou mineraloides, que formam a crosta terrestre.

Algumas gemas são de origem orgânica (como âmbar ou pérola), enquanto outras são minerais específicos que passaram por um rigoroso processo de lapidação.

Usar o termo gema é mais apropriado, além de  profissional, transmite conhecimento técnico, sofisticação e respeita a diversidade e a beleza única de cada material utilizado na alta joalheria.

Como as gemas são classificadas hoje?

Atualmente, as gemas são organizadas com base em critérios científicos e comerciais,as principais classificações envolvem:

  • Origem: natural, sintética ou tratada.

  • Grupo mineralógico: exemplo - quartzo, berilo, coríndon.

  • Valor de mercado: influenciado por cor, clareza, quilates e raridade.

Essa abordagem é mais justa e respeita o valor real de gemas como ametista, granada, turmalina, topázio, citrino, entre muitas outras que brilham com autenticidade e beleza incomparável.

O que isso significa para quem compra joias?

Para quem busca joias com significado, beleza e autenticidade, entender essas diferenças é essencial. Ao valorizar gemas pela sua história, brilho e composição, e não por uma antiga categorização, você faz escolhas mais conscientes e conectadas com o que realmente importa: a emoção e o propósito por trás de cada peça.

Na Ágata Joias, trabalhamos com gemas naturais selecionadas, valorizando a qualidade, o design autoral e o encanto único de cada criação. Todas as nossas peças são criadas com cuidado, respeito à matéria-prima e atenção aos detalhes — porque acreditamos que a verdadeira preciosidade está na experiência de usar uma joia com alma.

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